«Poemas de mim para ti ,Idanha -a- Nova » 11
Dia« de temporal ou antes ---- Dia de «Tromenta »
( Escrito em «falares idanhenses» que a pouco
e pouco vão ficando esquecidos . Estou a tentar
que tal não suceda ...)
«Dês» me guarde ,
«Dês» me guie ,
«Dês » me livre
Desta «tromenta mâdonha »,
Que parece vir aí!,
A «limparia »acende
Frente à Sagrada «Familha »!
«Nã» me poupes no « azête»
« Pous» Ela nos « alumina»...
Ai «Jasus»,
Que «travão»
E «relampos tameim » fazem!
« Senhôra » do Almotão
«Acude» aqui nesta casa !
Pai, Filho ,«Sprito» Santo
E Santa « Barbra bindita »
Livra-nos desta «tromenta»,
Tu que no céu estás escrita ...
Já te disse que queria
Sempre a «limparina »acesa,
Quando a Sagrada cá está ,
«Nã» me poupes na despesa !
Ai «Jasus », ai Maria ,
Que carga «d'auga»que cai ,
E escuta a «vintania » ! ,
Se se destelh 'ó telhado,
Temos d'ir p'ra outro lado...
--Esteja aí sossegadinha ,
«Nã se punha com tramores »,
«Nã»s'esqueça que «Jasus»
É o nosso protector .
«Nã»esteja a afligir-se ,
Nossa «Senhoura nã » ia
« Deixer» a casa cair ,
Levada p'la «vintania »
--Mas que grande «confuseum»
Q'aqui vai ,estás a «veri »
Que « nã para de choveri »?!
Ai que vem a casa abaixo ,
«Oviste m' este travão »,
Senhora do Almurteum ,
Ó Santa« Barba bindita »
Levai p'ra longe a «tromenta »,
Onde «nã » haja ninguém ,
Nem pessoa ó animal ,
Nem ramo «d'arve tameim »
-- Já lhe pedi por favor,
E por amor da «Senhoura»
Pela Virgem do Almortão ,
Fique aí quietinh 'ó lume,
Reze a sua oraceum,
« Assussegue » o coração ,
E verá , d'aqui a pouco ,
A «tromenta » já passou
E o sol «inté » voltou !
-- «Dês» te ouça ,
Bem lhe peço!,
Ele «nã» me vai «faltari »
Vou «rezari atão mê » terço,
O «má » tempo vai «passari ».
E «tameim» Lhe agradeço
P'los «mal' agardecidos »,
« Pous mesm' esses , ê beim »sei,
Nunca Ele «dêxa» esquecidos ,
-- «Ameim ,pous , senhoura mãim !»
Quina Salgueiro ,
num dia de tempestade
escrito ,saudosamente, em Lisboa ,
8/10/2010
( Escrito em «falares idanhenses» que a pouco
e pouco vão ficando esquecidos . Estou a tentar
que tal não suceda ...)
«Dês» me guarde ,
«Dês» me guie ,
«Dês » me livre
Desta «tromenta mâdonha »,
Que parece vir aí!,
A «limparia »acende
Frente à Sagrada «Familha »!
«Nã» me poupes no « azête»
« Pous» Ela nos « alumina»...
Ai «Jasus»,
Que «travão»
E «relampos tameim » fazem!
« Senhôra » do Almotão
«Acude» aqui nesta casa !
Pai, Filho ,«Sprito» Santo
E Santa « Barbra bindita »
Livra-nos desta «tromenta»,
Tu que no céu estás escrita ...
Já te disse que queria
Sempre a «limparina »acesa,
Quando a Sagrada cá está ,
«Nã» me poupes na despesa !
Ai «Jasus », ai Maria ,
Que carga «d'auga»que cai ,
E escuta a «vintania » ! ,
Se se destelh 'ó telhado,
Temos d'ir p'ra outro lado...
--Esteja aí sossegadinha ,
«Nã se punha com tramores »,
«Nã»s'esqueça que «Jasus»
É o nosso protector .
«Nã»esteja a afligir-se ,
Nossa «Senhoura nã » ia
« Deixer» a casa cair ,
Levada p'la «vintania »
--Mas que grande «confuseum»
Q'aqui vai ,estás a «veri »
Que « nã para de choveri »?!
Ai que vem a casa abaixo ,
«Oviste m' este travão »,
Senhora do Almurteum ,
Ó Santa« Barba bindita »
Levai p'ra longe a «tromenta »,
Onde «nã » haja ninguém ,
Nem pessoa ó animal ,
Nem ramo «d'arve tameim »
-- Já lhe pedi por favor,
E por amor da «Senhoura»
Pela Virgem do Almortão ,
Fique aí quietinh 'ó lume,
Reze a sua oraceum,
« Assussegue » o coração ,
E verá , d'aqui a pouco ,
A «tromenta » já passou
E o sol «inté » voltou !
-- «Dês» te ouça ,
Bem lhe peço!,
Ele «nã» me vai «faltari »
Vou «rezari atão mê » terço,
O «má » tempo vai «passari ».
E «tameim» Lhe agradeço
P'los «mal' agardecidos »,
« Pous mesm' esses , ê beim »sei,
Nunca Ele «dêxa» esquecidos ,
-- «Ameim ,pous , senhoura mãim !»
Quina Salgueiro ,
num dia de tempestade
escrito ,saudosamente, em Lisboa ,
8/10/2010
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